terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Entrevista de Bert Hellinger com Nobert Linz — Perguntas a um amigo.



Entrevista de Bert Hellinger com Nobert Linz — 

Perguntas a um amigo



A dimensão sistêmica dos problemas e do destino

Norbert Linz:: Caro Bert, como é que você chegou à psicoterapia sistêmica?

Bert Hellinger:: É difícil para mim refazer esse caminho, pois já se passou muito tempo. Porém, quanto me lembre, o insight decisivo me veio quando pratiquei a Análise do Script segundo Eric Berne. Ele partiu da constatação de que cada pessoa vive de acordo com determinado padrão. Esse padrão pode ser encontrado em histórias literárias como contos de fadas, romances, filmes, etc., que impressionaram essa pessoa. Pede-se a ela que mencione uma história que a comoveu em sua primeira infância – ainda antes do quinto ano de vida -, e uma segunda história que a comove atualmente. Então se comparam essas duas histórias e a partir do elemento comum a ambas se deduz qual é o secreto plano de vida daquela pessoa. Eric Berne acreditava que tal script resultava das primeiras mensagens que os pais transmitem aos filhos. Entretanto, descobri de repente que isto não é verdade.

Linz: Como é que você descobriu isto?

Hellinger: Vi que alguns dos assim chamados scripts – isto é, dos planos de vida pelos quais as pessoas inconscientemente se orientam – decorrem de vivências bem antigas, independentemente de sua transmissão pelos pais. Quando alguém traz, por exemplo, a história do anão Rumpeltilskin, vemos que se trata de uma história onde um pai entrega a filha e onde falta a mãe. Então podemos seguir essa indicação e perguntar à pessoa se na família dela alguma criança foi dada, ou se ela própria foi dada. Então talvez se manifeste que ela se sente como uma criança que foi dada e se propôs viver e se comportar como tal por toda a sua vida.

Linz: Como prosseguiu seu trabalho com as histórias de scripts?

Hellinger: Depois de algum tempo, descobri que muitas dessas histórias absolutamente não se referem à pessoa que as conta, mas a outra pessoa de sua família. Por exemplo, certa vez encontrei um homem que em criança se impressionara muito com a história de Otelo. Aí me ocorreu, de repente, que essa história não poderia referir-se a ele mesmo, pois uma criança não pode vivenciar o que Otelo vivenciou. Então perguntei-lhe, de chofre: Que homem de sua família matou alguém por ciúme? Ele respondeu: meu avô. Sua mulher lhe fora infiel e ele fuzilou o amante. Desde então, passei a distinguir muito claramente, quando trabalhava com scripts, se a história dizia respeito a uma vivência do próprio cliente ou de alguma outra pessoa. Assim me deparei, pela primeira vez, com a dimensão sistêmica dos problemas e dos destinos pessoais.

Linz: Tudo isto resultou da observação?

Hellinger: Não exclusivamente. Ao falar de scripts, Eric Berne já tinha considerado uma dimensão sistêmica, cujo alcance, entretanto, ele não reconheceu. Os que se dedicaram mais tarde à análise transacional voltaram a encobrir esse ponto. Portanto, Eric Berne já me colocou numa pista.

Linz: Houve outras?

Hellinger: Aconteceu um fato que me levou a uma pista sistêmica. Por longo tempo pratiquei a terapia primal. Nessa ocasião, trabalhei certa vez com uma mulher que manifestava sentimentos que eu não conseguia entender. Ela havia tratado um homem de uma maneira terrível, mas absolutamente não se dera conta disso. Naquela ocasião fiz algo de errado, porque não sabia como lidar com isso. Posteriormente senti muito esse erro.

Linz: Em que você errou, do ponto de vista de sua compreensão posterior?

Hellinger: Atribuí aqueles sentimentos a essa mulher, como se fossem próprios dela. Só mais tarde verifiquei que existe o que se chama de sentimento adotado. Até então eu partia do pressuposto de que só existem dois tipos de sentimentos: os primários, que são uma reação imediata a eventos ou a uma ofensa, e os sentimentos que substituem os primários ou defendem contra eles. Por exemplo: uma pessoa fica triste quando deveria estar com raiva, ou fica zangada quando deveria sentir-se grata.

Linz: Portanto, os sentimentos secundários.

Hellinger: Sim. O fato de existirem sentimentos adotados, que alguém inconscientemente assume de outra pessoa e dirige a uma terceira, que nada tem a ver com o assunto, isto eu só percebi quando voltei a refletir sobre o caso. Assim, através da terapia primal, deparei-me também com a dimensão sistêmica dos sentimentos e dos destinos funestos.

A seguir, fiz uma nova descoberta. Verifiquei também que os sonhos, às vezes, não dizem respeito à pessoa que sonha, mas a algo que pertence a outras pessoas da família. Quando atribuímos o conteúdo de um sonho à pessoa que o tem, podemos incorrer em equívocos e cometer injustiça para com ela. Portanto, os sonhos também revelam, às vezes, um envolvimento nos destinos de outras pessoas. Por outras palavras, eles também podem ter uma dimensão sistêmica.

Mestres e estimuladores

Linz: Você citou Eric Berne como um de seus motivadores. Pode citar outros mestres a quem você credita algo em seu desenvolvimento como psicoterapeuta?

Hellinger: São muitos. Meus primeiros mestres foram terapeutas sul-africanos, formados nos Estados Unidos, que trabalhavam com dinâmica de grupos. Para participar desses treinamentos, que eram basicamente organizados por ministros anglicanos para os colaboradores de sua igreja, eram convidadas também pessoas de outras confissões e de diversas raças. Para mim foi uma vivência muito profunda ver ali como os antagonismos se dissolviam num respeito recíproco. Também pude imediatamente colocar isso em prática, porque era diretor de uma grande escola para africanos em Natal. Portanto, a dinâmica de grupos foi o primeiro passo. Naquela época eu ainda não havia pensado em psicoterapia.

Linz: Como você chegou à psicoterapia?

Hellinger: Quando voltei à Alemanha, em 1969, passei a ministrar treinamentos em dinâmica de grupos, mas logo notei que isso não me bastava. Por isso, fiz em Viena uma formação em psicanálise, que também me deu muita coisa.

Enquanto ainda estava nessa formação, chegou-me às mãos, através de meu analista, o livro The Primal Scream (O Grito Primal), de Arthur Janov. Naquela época este livro ainda não era conhecido no espaço cultural de língua alemã. Fiquei profundamente impressionado com a maneira direta como Janov abordava as emoções básicas. Nos meus cursos de dinâmica de grupos experimentei secretamente seus métodos e imediatamente reconheci seu impacto. Resolvi então que, após terminar minha formação em Psicanálise, iria submeter-me a uma terapia primal com Janov. De fato, dois anos depois, fui para os Estados Unidos e fiz terapia primal por nove meses com Janov e com o primeiro terapeuta formado por ele. Ali aprendi muito sobre a forma de lidar com as emoções. Desde então já não fiquei abalado com fortes explosões emocionais. Pois também eu sou movido a emoções…

Linz: … mas não se deixa enrolar por elas.

Hellinger: Nisto consigo manter distância. Entretanto, logo notei que a terapia primal também tinha as suas deficiências.

Linz: Quais?

Hellinger: Alguns clientes e terapeutas se deixam dirigir exclusivamente por suas emoções. Logo percebi isso e me defendi contra essa atitude. Porém conservei o que tinha valor: antes de tudo, que o indivíduo seja entregue a si mesmo e não se ocupe de sentimentos alheios como recurso para escapar dos próprios, distraindo-se de si mesmo. Por exemplo, que não receba feedback de outras pessoas enquanto expressa os próprios sentimentos.

Linz: Como você utilizou mais tarde suas experiências com a terapia primal?

Hellinger: Quando voltei à Alemanha trabalhei muito intensamente, por algum tempo, com a terapia primal. Com o passar do tempo, reparei que os sentimentos fortes que emergem geralmente encobrem um outro sentimento, um amor primitivo pela mãe e pelo pai. Assim, sentimentos como a raiva, cólera, luto e desespero muitas vezes funcionam apenas como defesa contra a dor causada pela interrupção de um movimento precoce em direção da mãe ou do pai.

Linz: O que se deve entender concretamente por “movimento interrompido”?

Hellinger: Quando a criancinha quis ir em direção à mãe ou ao pai mas não pôde fazê-lo, por exemplo, porque estava no hospital ou numa incubadora como bebê prematuro, ou ainda porque o pai ou a mãe morreram cedo, então o amor se transforma em dor, que é o outro lado do amor. No fundo, é exatamente a mesma coisa. A dor é tão grande que a criança mais tarde nunca mais quer aproximar-se dela. Ao invés de ir ao encontro da mãe ou de outras pessoas, prefere manter-se distante delas. Em vez do amor, sente raiva ou desespero e a dor da perda. Quando o terapeuta sabe disso, pode prescindir desses sentimentos mais superficiais e visar diretamente o amor. Ele conduz o cliente até o ponto em que o movimento foi interrompido e o restabelece, no contexto de uma terapia primal ou de uma constelação familiar. Desta maneira, o movimento interrompido é reconduzido ao seu termo, advindo uma profunda paz. Então acaba muita coisa que resultara da mágoa primitiva, como medos, compulsões, fobias, sensibilidade excessiva ou outras formas conhecidas de comportamento neurótico.

Linz: Que tarefa cabe ao terapeuta nesse processo?

Hellinger: Para o cliente eu substituo o pai ou a mãe, e só posso acompanhar e dirigir o seu movimento pelo fato de estar consciente de que os represento. Eu conduzo o cliente à mãe ou ao pai e cedo-lhes o lugar logo que o filho chega lá.

Linz: O que faz você, após esse trabalho de vinculação intensa, para que o cliente não transfira demasiado para você?

Hellinger: Quando levo a termo o movimento interrompido, o cliente me esquece. Pois eu o entreguei às melhores mãos que existem para ele, às mãos de seus pais, e posso tranqüilamente retirar-me. Por isso é muito reduzido o perigo da transferência neste trabalho.

Linz: Você ainda citaria outros métodos terapêuticos que foram importantes para você – por exemplo, a terapia familiar?

Hellinger: Durante muitos anos, de 1974 a 1988, combinei a análise do script e a terapia primal. Em seguida, ocupei-me intensamente com a terapia familiar, a nova tendência dos anos 70. Então estive nos Estados Unidos por mais quatro semanas e participei de um grande seminário sobre terapia familiar, dirigido por Ruth McClendon e Les Kadis. Com eles aprendi muito. Faziam constelações familiares impressionantes e, por intuição ou por tentativas, encontravam boas soluções, as quais, entretanto, eu não conseguia absorver plenamente. Eles também não podiam explicar o processo, por não estarem conscientes dos padrões básicos.

Linz: Para ter um ponto de referência, em que ano aconteceu isso?

Hellinger: Foi em 1979. Mais tarde, Ruth McClendon e Les Kadis estiveram na Alemanha e deram dois cursos sobre terapia multifamiliar, fazendo simultaneamente, em cinco dias, a terapia de cinco famílias, com a presença de pais e filhos. Nessa ocasião pensei comigo mesmo: Talvez eu faça apenas terapia familiar: é a única coisa certa. Mas então considerei meu trabalho anterior e decidi permanecer nele, pois tinha ajudado muita gente. Porém a terapia familiar não me deixou mais. Tomando consciência, cada vez mais, da dimensão sistêmica dos problemas e dos destinos, meu trabalho terapêutico mudou tanto que, no espaço de um ano, se transformou numa terapia familiar, incorporando porém minhas experiências anteriores.

Linz: Então você passou a trabalhar com constelações familiares.

Hellinger: Sim. Mas, antes disso, participei ainda de dois cursos com Thea Schönfelder sobre constelações familiares. Ela trabalhou de uma forma muito marcante que eu já entendia melhor, se bem que ainda não completamente. Então, quando estava escrevendo uma conferência sobre culpa e inocência nos sistemas, ocorreu-me de repente que existe algo que se pode chamar “ordem de origem”, isto é, a precedência do que o que é anterior num sistema, sobre o que é posterior.

Linz: Juntamente com os “sentimentos adotados” e o “movimento interrompido”, esta é uma abordagem original sua.

Hellinger: O que significa aqui original? O insight me ocorreu, como poderia ter também ocorrido a outros. Por isso não faço qualquer reivindicação sobre isso. Mas isso me proporcionou o modelo básico, com o qual pude reconhecer e resolver as perturbações nas relações familiares. Só a partir daí pude começar a trabalhar com constelações familiares. No decorrer do tempo reconheci outros padrões, por exemplo, a representação de pessoas excluídas através de outras que vieram depois, e a importância da compensação nas famílias e grupos familiares.

Constelações familiares

Linz: Você mencionou há pouco que muitos trabalharam com constelações familiares antes de você. O que há de peculiar em sua própria maneira de trabalhar?

Hellinger: Tenho firme confiança em que cada indivíduo, quando coloca sua própria família ou colabora em alguma constelação, está em contato com algo que vai além dele. Por isso, abstenho-me de instruções prévias. Vários terapeutas dizem aos representantes como devem se comportar; por exemplo, que se inclinem para frente ou olhem numa determinada direção. Denominam isso “escultura familiar”. Não permito algo assim. Pois, quando o representante se centra e se entrega ao que acontece, faz espontaneamente tudo isso, quando é necessário. Isso tem então uma força de convencimento muito diferente do que se eu desse instruções prévias.

De mais a mais, quando alguém coloca a família de uma forma preconcebida, a imagem nunca é correta. A verdadeira imagem da família realmente só emerge passo a passo durante o processo da constelação, surpreendendo inclusive a pessoa que a está colocando.

Linz: Como você explica que a realidade sistêmica realmente se manifeste nas constelações familiares?

Hellinger: Isto eu não posso explicar. Mas é possível ver que os participantes de uma constelação familiar, desde que são colocados em relação uns com os outros, não estão mais em si, mas se comportam e sentem como os membros da família que representam. Chegam a sentir sintomas físicos deles.

Há pouco tempo, participou de um curso para enfermos um homem que tinha epilepsia. Ele queria colocar seu sistema familiar, mas não pôde, porque não estava totalmente presente. Então fiz com que sua mulher colocasse a família de origem dele, pois ela podia fazê-lo. Quando esse cliente tinha dez anos, seu pai ficou cego devido a uma explosão. Desde então, ele não ousou mais se aproximar do pai, por medo de também ficar cego. Eu disse a seu representante na constelação que se ajoelhasse diante do pai, se inclinasse até o chão e lhe dissesse: “Eu lhe presto homenagem”. Ele fez isso. Ajoelhou-se, inclinou-se até o chão e ficou muito emocionado ao dizer isto. Subitamente, começou a tremer, como se tivesse um ataque epiléptico. Não pôde resistir a isso. Vê-se, portanto, que existe um saber e um sentir imediatos, que vão muito além do que nos é comunicado por palavras.

Linz: O que atua nisso é uma espécie de inconsciente coletivo?

Hellinger: Não sei, e também evito buscar uma denominação para isto. Só vejo que tal coisa existe. Por isso, também se pode ver imediatamente se um representante se entrega ou não ao papel numa constelação familiar. Há pessoas que se defendem contra isso ou estão enredadas no próprio sistema. Nesse caso, eu as tiro imediatamente.

O olhar

Linz: Você diz com freqüência que isto ou aquilo “a gente pode ver imediatamente”. Que espécie de olhar é para você esse processo?

Hellinger: É um olhar que vai além do fenômeno, isto é, além do que justamente aparece.

Linz: Portanto, não é uma observação?

Hellinger: Não, é algo totalmente distinto. Na observação a visão se estreita, ao passo que o olhar é amplo. Ele se dirige ao todo e vai além do particular e do aparente. Então vejo uma pessoa junto com sua família. Por isso, quando alguém coloca sua família, posso ver imediatamente, olhando além da imagem, se está faltando alguém. Quando, então, procuro comprovar isto no grupo e pergunto: “Qual é a impressão de vocês, está faltando alguém ou não?”, muitos respondem; eles também estão vendo. Portanto, não se trata de um saber só meu. Apenas é necessário algum exercício, até que a gente confie nessa percepção e “olhe” dessa maneira.

As objeções contra o olhar

Entretanto existe aí algo muito importante a considerar. Quando alguém olha dessa maneira, mas depois coloca uma pergunta interna ou faz uma objeção, já não consegue ver assim. Isto acontece, por exemplo, quando diz: “Isso não pode ser assim” ou: “Talvez eu esteja fantasiando”, e começa a duvidar ou sente medo. Se, de repente, ele toma consciência de algo que realmente está vendo — por exemplo, que alguém está perto da morte –, e fica com medo de sustentar e expressar essa percepção, então já não consegue ver isso.

Linz: Como é possível ver algo assim, que alguém está prestes a morrer? Que sinais permitem verificar isto?

Hellinger: Isso agora já seria…

Linz: … Uma objeção?

Hellinger: Seria uma objeção. Entretanto, ao invés de colocar uma objeção, testamos, pelo efeito, se é real o que vimos. Também o cliente o comprova pelo efeito. Quando lhe comunico minha percepção e lhe digo: “Vejo que você está no fim”, ele reage imediatamente e diz, por exemplo: “Sim”, e imediatamente se sente tocado. Assim percebo que vi algo que ele também sabe, mas não ousou admitir. Da mesma maneira, é possível ver outras coisas, por exemplo, que uma relação acabou. Isto se pode ver. Quando se diz isto aos envolvidos, eles respiram aliviados, porque isto finalmente veio à luz. Portanto, através dessas informações de retorno, o olhar é avaliado e treinado e aumenta a coragem de assumi-lo.

A hipnoterapia segundo Milton Erickson

Linz: Existem ainda outros incentivadores ou terapeutas a quem você deve algo?

Hellinger: Devo muito aos discípulos de Milton Erickson.

Linz: Você pode descrever mais precisamente o que recebeu, de modo particular, de Milton Erickson e seus discípulos?

Hellinger: A primeira coisa é que Erickson reconhece o ser humano tal como é, reconhece os sinais como são, deixando-se conduzir pelos sinais do cliente que está diante dele. Isto se processa em vários níveis; num nível mais aparente, ouvindo as palavras do cliente e, num nível mais profundo, reparando em seus movimentos mais sutis. Pois o cliente transmite sinais que, muitas vezes, diferem muito do que ele expressa com palavras. O terapeuta vê e distingue esses níveis. É isso que muitas vezes desconcerta os clientes e faz muita gente me perguntar como é que eu vi uma coisa, quando a pessoa disse outra muito diferente. Mas eu vi como ela reagiu.

Linz: De que discípulos de Erickson você aprendeu mais?

Hellinger: Jeff Zeig e Stephen Lankton foram meus principais mestres nessa matéria. Antes eu já tinha participado de dois seminários com Barbara Steen e Beverly Stoy. Eles me introduziram aos métodos de Milton Erickson, assim como à Programação Neurolingüística (PNL) e ao trabalho com histórias. Por exemplo, eles contavam a cada pessoa no grupo uma história que se ajustava a ela. Por outras palavras, apenas pela percepção imediata captavam alguma coisa e a devolviam através das histórias. Nessa ocasião, tive vontade de fazer também algo semelhante, mas não consegui. Entretanto, dois anos depois, ocorreu-me num grupo, pela primeira vez, uma história terapêutica: “O grande Orfeu e o pequeno Orfeu”, que se transformou mais tarde na história “Dois tipos de felicidade”.

A função das histórias

Linz: Quando é que você introduz histórias? Existem determinadas regras para isto?

Hellinger: Quando não progrido com alguém e noto que existe um bloqueio, às vezes me ocorre alguma história para essa pessoa. Muitas de minhas histórias surgiram dessa maneira e fazem então um efeito surpreendente.

Linz: Como elas atuam?

Hellinger: O primeiro ponto é que a outra pessoa já não precisa defrontar-se diretamente comigo. Se, por exemplo, eu lhe digo diretamente o que ela poderia ou deveria fazer, ela se vê como um oponente e precisa colocar limites diante de mim, ainda que seja correto o que lhe digo. Ela precisa fazer isso para preservar sua dignidade. Mas, quando lhe conto uma história, ela não se defronta mais comigo e sim com os personagens da história. E, muitas vezes, não conto a história a ela mas a uma outra pessoa, e ela não sabe que a história está sendo dirigida a ela.

Linz: Às vezes, você também fala diretamente às pessoas, por exemplo, numa terapia individual. Isto faz alguma diferença? Você precisa ser mais cuidadoso nisso, ou utiliza outras histórias?

Hellinger: Existem pequenos truques. Posso dizer, por exemplo: Certa vez, encontrei um homem que contou a alguém…

Linz: Portanto, você faz um enquadramento.

Hellinger: Sim, dou à história um enquadramento. Ela fica sendo uma história que outra pessoa conta a uma terceira, e a atenção do meu interlocutor se desvia de mim. O enquadramento cria um grupo fictício onde a história é contada.

Linz: Muitas vezes, suas histórias parecem ter, além da função de esclarecer, a de relaxar a tensão. Você segue um certo plano, quando introduz histórias num curso?

Hellinger: Não planejo. Às vezes, após um trabalho difícil, noto que o momento exige uma distensão e vejo se já tenho uma história ou me ocorre alguma nova, e então a conto. Isto ajuda o grupo a voltar à calma e a preparar-se para o que vem depois. Também são histórias desse tipo os exemplos que eventualmente uso para esclarecer alguma coisa. São, igualmente, pausas para descanso. Desta forma, procuro fazer com que um curso se desenvolva como um drama. Primeiro existe uma ação, depois uma certa reflexão. Ou, às vezes, preciso contar alguma piada ou algo divertido, quando a situação fica muito séria.

Linz: Portanto, são também momentos de compensação.

Hellinger: São momentos de compensação e, curiosamente, também de aprofundamento, porque também é mobilizado o elemento contrário. Assim, não apenas o sério, e não apenas o divertido: não só teoria, e não só trabalho. Tudo isto vem junto, a vida completa.

Experiências de vida

Linz: Recapitulando sua vida, que outras experiências pessoais, além das adquiridas através dos mestres, foram importantes para o desenvolvimento de suas formas de terapia?

Hellinger: Naturalmente, uma experiência muito importante para mim foi meu convívio com os zulus na África do Sul. Lá conheci uma forma de convívio humano totalmente diferente: por exemplo, uma enorme paciência e também um enorme respeito mútuo. Lá é natural que uma pessoa não ridicularize a outra. Assim, cada um pode preservar seu semblante e sua dignidade. Também me impressionou muito a maneira como os zulus lidam com seus filhos, e como os pais fazem valer sua autoridade. Por exemplo, jamais ouvi que alguém tivesse falado depreciativamente dos próprios pais. Isto é impensável entre eles.

Linz: Na época, você atuava numa ordem de missionários católicos. Como é que esse campo especial o marcou?

Hellinger: Essa foi para mim uma experiência de muita disciplina e trabalho intenso, que me exigiu amplamente e ainda produz seus efeitos. Na África do Sul dirigi escolas superiores, ensinei várias disciplinas, especialmente o inglês, e administrei por muitos anos todo o sistema de ensino de uma diocese com cerca de 150 escolas. As experiências pedagógicas dessa época ainda me beneficiam hoje em meus cursos.

Linz: Quando você deixou a ordem religiosa, no início dos anos 70, e mudou de profissão, houve resistências?

Hellinger: Quando me afastei não houve resistências, nem da parte da ordem nem da minha parte. Foi um crescimento ulterior. Por esta razão, também não vivenciei minha saída como uma ruptura, mas como uma evolução.

Linz: Portanto, sua saída foi totalmente pacífica?

Hellinger: Sim. Posso olhar para trás com bons sentimentos e ainda mantenho contato com alguns amigos da ordem. Reconheço o que nela recebi e também o que ali realizei.

Os principais insights

Linz: Você pode resumir os aspectos novos que introduz na psicoterapia sistêmica?

O amor

Hellinger: O aspecto mais importante foi reconhecer que o amor atua por trás de todos os comportamentos, por mais estranhos que nos pareçam, e também de todos os sintomas de uma pessoa. Por esse motivo, é fundamental na terapia que encontremos o ponto onde se concentra o amor. Então chegamos à raiz, onde se encontra também o caminho para a solução, que sempre passa também pelo amor. Isto eu vivenciei primeiro na terapia primal e em seguida também na análise do script e na terapia familiar. Notei que grande parte do tão decantado trabalho com emoções, onde o terapeuta diz ao cliente: “Solte sua raiva”, deixa escapar o essencial. Já vi casos em que alguém é incitado a dizer aos pais que está furioso com eles, ou mesmo que deseja matá-los, e mais tarde se castiga severamente por isso. A alma da criança não tolera nenhuma depreciação dos pais. Só quando vi isso é que tomei plena consciência da dimensão desse amor. Por isso procuro, sempre e antes de tudo, pelo amor, e oponho-me a tudo que o coloque em risco.

A compensação

Uma outra descoberta muito importante foi que a necessidade de compensação entre o dar e o tomar, e entre os ganhos e perdas, é tão forte que não pode ser superestimada. Ela atua em todos os níveis. Num nível inconsciente, atua como uma necessidade de compensação no mal. Assim, quando, por exemplo, faço algum mal a alguém, também faço algum mal a mim mesmo. Ou, quando vivencio algum bem, pago por isso com algum mal.

Linz: Como se origina esse comportamento paradoxal?

Hellinger: Simplesmente pela necessidade de escapar da pressão. A pressão para compensar é enorme. De repente, percebi que inúmeros problemas decorrem desta necessidade compulsiva, que não leva a nenhuma solução. Deve-se encontrar, num nível mais elevado, uma outra forma de compensação, através do bem, do respeito e do amor.

Linz: Para o seu modelo terapêutico você recebeu também incentivos externos?

Hellinger: Boszormenyi-Nagy escreveu um livro sobre “Os Vínculos Invisíveis”. Isso me apontou uma direção; mas logo coloquei de lado o livro e passei a examinar, por mim mesmo, como atua nas famílias a necessidade de compensação. Reparei também que o autor descreve somente a compensação compulsiva que produz efeitos funestos, ao passo que a compensação que leva à solução se encontra num nível diferente e superior.

Direitos iguais de pertencimento

Linz: Existe ainda uma percepção básica que orienta, de modo especial, o seu esforço terapêutico?

Hellinger: Identifico-me com um movimento que torna a unir o que foi separado, mas de forma a descobrir primeiro o que separa e o que une. Neste particular, minha descoberta mais importante foi que cada membro, vivo ou morto, da família e do grupo familiar tem o mesmo direito de pertencer. Por outras palavras, a alma demonstra, por seu modo de reagir à negação ou ao reconhecimento desse direito, que se trata aqui de uma lei básica, intimamente reconhecida por todos. Portanto, quando qualquer membro é excluído, reprimido ou esquecido, a família e o grupo familiar reagem como se tivesse acontecido uma grande injustiça que precisa ser expiada. Isto acontece, por exemplo, quando alguém, por razões morais, é declarado indigno de pertencer à família ou é deslocado por um outro, que toma o seu lugar. Isso acontece igualmente quando, numa família ou num grupo familiar, não se deseja mais saber de alguém cujo destino amedronta, ou ainda quando alguém simplesmente é esquecido, como se esquece uma criança que morreu ao nascer. A alma não tolera que alguém seja considerado maior ou menor, melhor ou pior. Somente os assassinos podem e devem ser excluídos; isto é, os demais membros da família os despedem em seus corações com amor.

A injustiça da exclusão é expiada, na família e no grupo familiar, quando outro membro do sistema passa inconscientemente a representar, diante dos membros remanescentes ou agregados, a pessoa que foi excluída ou esquecida. Esta é a causa mais importante dos emaranhamentos e dos problemas que deles resultam, tanto para a pessoa envolvida quanto para sua família e seu grupo familiar. O direito básico de pertencer não é, portanto, uma exigência imposta do exterior. No fundo de nossa alma, nós nos comportamos como se tratasse de uma ordem preestabelecida, independentemente de nossa compreensão e justificativa.

Na família reina, portanto, a lei da equiparação de todos. Cada um é, por assim dizer, tomado a serviço à sua própria maneira, e ninguém é dispensável nem pode ser esquecido. Os problemas mais graves com que me defronto nascem do desrespeito a essa igualdade. Como terapeuta, recoloco as pessoas excluídas diante dos olhos de todos. Logo que são de novo reconhecidas e acolhidas, a paz volta a reinar e as pessoas enredadas ficam livres. Nesse reconhecimento mútuo da igualdade, reencontram-se com amor pessoas que talvez estejam separadas: marido e mulher, filhos e pais, sãos e enfermos, os que chegaram e os que partiram, vivos e mortos. Como terapeuta, empenho-me profundamente a serviço da reconciliação.

O que faz adoecer e o que cura nas famílias

Linz: Há algum tempo você também trabalha com pessoas gravemente enfermas. Sua abordagem sistêmica mostrou-se válida também nesse domínio?

Hellinger: Sim, sobretudo quando se trata de problemas e sintomas causados por emaranhamentos.

Linz: E que sintomas são melhor aliviados através da psicoterapia sistêmica?

Hellinger: Pode-se ver que determinadas doenças graves como o câncer, por exemplo, têm um condicionamento sistêmico. O nexo sistêmico se mostra na dinâmica: “Eu sigo você”; isto é, alguém quer seguir, na doença ou na morte, uma pessoa do grupo familiar que está doente ou faleceu. Ou então, quando uma criança vê que alguém de sua família quer seguir outro dessa maneira, ela diz: “Antes eu do que você”. Existe ainda o desejo de expiar e compensar algo funesto através de algo igualmente funesto. Quando se conhecem essas dinâmicas básicas é possível neutralizá-las, aliviando muito sofrimento.

Outros sintomas estão associados à interrupção do movimento afetivo para os pais. Dores no coração ou dores de cabeça, por exemplo, são muitas vezes amor represado, e dores nas costas resultam freqüentemente da recusa de fazer uma reverência profunda à mãe ou ao pai.

Procedimentos importantes

Linz: Quais são seus procedimentos mais importantes nas constelações familiares? Como você descreveria seus pontos básicos?

- Assumir a direção

Hellinger: Nas constelações familiares não deixo que o cliente faça nada sozinho. Por exemplo, não deixo que procure sozinho o lugar onde ele fica bem. Só faço isso em coisas de menor importância. Quando alguém coloca uma família, capto, através de minha percepção e de minha experiência, uma imagem da ordem, de como está perturbada e como pode ser restaurada. Sigo essa imagem ao buscar soluções. Assim, eu próprio coloco as imagens intermediárias e a imagem da solução, contando sempre com a participação do cliente. Então coloco à prova a imagem pelo efeito que produz e verifico se o efeito a confirma ou se ainda faltam outros passos.

Linz: Portanto, você também coloca à prova a sua imagem interior?

Hellinger: Sempre o faço, em qualquer caso. Desta maneira, o cliente não precisa acreditar naquilo que digo ou faço. Mas não lhe deixo a iniciativa. Sozinho ele não encontraria a solução. Se pudesse encontrá-la, não me teria procurado. Quando a imagem da solução foi encontrada, deixo que o cliente entre na constelação e tome a posição que seu representante estava ocupando. Assim ele verifica por si mesmo se a solução é certa para ele.

- Ir até o limite

Linz: Muitas vezes você aponta ao cliente, a partir da imagem da solução, conseqüências que soam muito duras.

Hellinger: Confronto a pessoa com as conseqüências extremas do que se passa em sua família: por exemplo, que um filho irá morrer se ela abandonar a família. E confronto-a com os passos necessários para a solução, por exemplo, que faça uma profunda reverência a seu pai e lhe preste homenagem. Ou, talvez, que deixe a família; a conseqüência também pode ser esta.

Linz: O que significa isso, concretamente?

Hellinger: Que a pessoa renuncie a suas reivindicações. Por exemplo, uma mãe que entregou uma criança à adoção perdeu seu direito a ela. Então precisa ir embora e deixar a criança com o pai.

Essas são intervenções terapêuticas de graves conseqüências, e assumir a responsabilidade por elas exige muita coragem. Só quando alguém é plenamente confrontado com as conseqüências de seu comportamento e com as condições da solução é que sua decisão se torna inevitável e possível.

Aliás, lembrei-me aqui de um outro mestre que tive. Esse ir até os limites foi claramente formulado por Frank Farrely em sua terapia provocativa. Ele me mostrou um caminho e sou-lhe grato por isto.

- Permanecer na realidade, mesmo que choque

Linz: Mas em seus grupos de terapia há sempre alguns participantes que ficam chocados com sua maneira direta de confrontá-los.

Hellinger: Eu confronto um participante apenas com uma realidade que está visível.

Linz: Que você vê!

Hellinger: E que ele próprio naturalmente conhece. Isso só é chocante para aqueles que não querem ver o que é.

Por exemplo, num de meus cursos havia uma mulher que sofria de uma doença mortal e incurável. Já não lhe restava muito tempo de vida. Ela quis constelar sua família, porém eu lhe disse: “Só colocarei duas pessoas, você e a morte. Escolha alguém que represente você e alguém que represente a morte”. Isto tem um efeito chocante em pessoas que não estão sintonizadas. Com essa mulher não aconteceu isto porque ela sabia que ia morrer. Escolheu uma mulher mais baixa para representá-la e outra mais alta para representar a morte. Colocou-as de frente e muito próximas uma da outra. A mulher mais baixa, que a representava, levantou os olhos para a morte e disse: “Tenho um sentimento terno e sinto em meu rosto o hálito suave da morte”. Também a morte teve um sentimento terno pela mulher. Então eu fiz a representante da cliente dizer à morte: “Eu lhe presto homenagem”. Ela fez isto, e ambas se tomaram suavemente com ambas as mãos, e se olharam com muito carinho.

Essa é a realidade que vem à luz, e atua porque veio á luz. Entretanto, quem parte do pressuposto de que a morte é algo terrível tem medo de trazer à luz essa realidade. Quando revelo algo assim, a realidade sempre se apresenta como ela é, com toda a seriedade. Isso permanece sem contestação e, na verdade, sem contestação pelo cliente. Outras pessoas talvez fiquem amedrontadas com essa realidade. Então querem fazer objeções e dizer que a doença não é tão grave e que deve haver outra atitude que não seja defrontar-se com o fim. Como não permito isso, minha atitude parece dura.

Linz: Se você o permitisse, quais seriam as conseqüências?

Hellinger: Então a realidade seria rebaixada ao nível de uma opinião e do bel-prazer, o que é inviável. Nisso consiste o caráter direto e a consistência do meu trabalho: em não tolerar que a realidade seja diminuída.

Linz: Como atuaria sobre o cliente tal diminuição?

Hellinger: Ela o enfraqueceria, ao passo que a realidade, por mais fatal que pareça, fortalece e libera quando é vista e reconhecida. Certa vez, quando certa mulher constelou a sua família, eu lhe disse que o seu casamento não tinha salvação, que os filhos deviam ficar com o pai deles, e que ela devia ficar só. Outras pessoas quiseram fazer objeções e propor soluções mais confortáveis, mas eu não permiti. Pois eu não dissera isto a ela por minha própria cabeça, mas porque isso tinha ficado claro para ela e para mim na constelação. Mais tarde, um dos participantes me contou que naquela noite brigou interiormente comigo por três horas, julgando que eu fui excessivamente duro com aquela mulher. Entretanto, na manhã seguinte, ela voltou radiante ao grupo, e aquele participante reconheceu que sua preocupação com a cliente e sua briga interior tinham sido vãs.

Linz: Como é que você vê a si mesmo numa ação tão cheia de responsabilidade?

Hellinger: Considero-me, antes de tudo, como alguém que traz realidades à luz. São essas realidades que ajudam e curam, não eu. São elas, e não eu, que colocam uma pessoa diante da decisão. Seja como for que a decisão aconteça, ela nada tem a ver comigo.

Linz: O que acontece ao cliente quando encara de frente a realidade?

Hellinger: Ele perde suas ilusões. Com isso, sua visão e seus atos ganham outra seriedade e uma força nova. Mesmo quando age contra a sua percepção, ele agora sabe o que faz e deixa de agir compulsivamente. Esta é a diferença.

- Abstrair do problema apresentado

Linz: Por que você muitas vezes não permite que os clientes falem um pouco mais sobre os seus problemas? Essa atitude irrita muita gente.

Hellinger: O problema que a pessoa expõe não é realmente o seu problema, da forma como o expõe. Pois, se ela o tivesse entendido bem…

Linz: … Ele não existiria mais.

Hellinger: Justamente. Por esta razão, parto do pressuposto de que quase tudo o que alguém diz sobre uma situação realmente não corresponde a ela. Se eu ouvisse tudo isso, estaria dando a essa pessoa a oportunidade de confirmar e reforçar seu problema através de sua descrição. Por essa razão, não permito que ela me conte seu problema como gostaria de fazê-lo, mas digo-lhe que apenas me narre os fatos: por exemplo, se algum dos pais foi casado anteriormente, quantos irmãos tem, se algum deles morreu ou se houve ainda algum acontecimento marcante em sua infância e em sua família.

Linz: Portanto, você só permite que ela lhe conte fatos.

Hellinger: Apenas fatos, sem interpretações. Pelos fatos sei então o que se passa em sua alma, e qual é a raiz de suas dificuldades ou de seu emaranhamento. Então tenho as informações de que preciso.

- Ficar atento à energia

Linz: Algumas pessoas, entretanto, poderiam trazer um monte de fatos. Quando é que a informação é suficiente para que você faça uma imagem clara? Com que fatos você se dá por satisfeito?

Hellinger: Acontecimentos e fatos estão carregados de energia. Quando alguém conta um acontecimento, é possível sentir imediatamente se ele contém energia ou não, e se produz, ou não, um efeito à distância. Quando alguém conta que um irmão morreu quando criança, isto sempre tem muita força. Ou quando uma mãe morreu ao dar à luz, isto tem um impacto tremendo sobre várias gerações. Algo assim precisa ser abordado e reconhecido. Pois aqui se trata de acontecimentos que dão medo e, por causa disso, são varridos para debaixo do tapete. Entretanto, é justamente através do seu encobrimento que eles ganham força. Quando o acontecimento é mencionado, percebo imediatamente se ele tem impacto ou não. Quando alguém cita uma determinada pessoa, muitas vezes eu saco de imediato que ele está enredado com ela e que ela precisa ser representada e imitada por alguém.

Linz: De onde você tira sua certeza? Como você chega a ela?

Hellinger: Sinto-a na energia e na força que disso resulta. Em seguida, porém, coloco à prova minha percepção quando configuro o sistema. Muitas vezes aparecem ainda outros fatos. Mas, logo que é mencionada uma pessoa importante, começo a trabalhar. Todas as outras informações são obtidas através da própria constelação.

- Trabalhar com o mínimo

Linz: Existem ainda outros procedimentos terapêuticos que são característicos para você?

Hellinger: Nas constelações familiares comprovou-se para mim a eficácia de trabalhar com o mínimo. Que, portanto, eu só faça o que for incondicionalmente necessário e renuncie a ser completo. Caso contrário, a energia reflui para a curiosidade e para a vontade de saber, e se desvia da ação. Quando a solução se torna visível, interrompo imediatamente. Interrompo no auge da mobilização, porque nesse momento está presente o máximo de energia. Pelo corte, fecho o caminho ao escape da energia para as discussões. Dessa maneira, ela permanece concentrada em vista do agir. Pela mesma razão, não tolero extensos comentários posteriores.

Linz: Que efeitos teria o comentário posterior?

Hellinger: Enfraqueceria o impacto sobre o cliente e daria oportunidade a outros participantes de direcionar a energia para si e para seus próprios problemas.

Linz: Isto quer dizer que você passa logo a outro cliente ou muda o tema.

Hellinger: Sim. Passo logo à pessoa seguinte.

Leonard Orr O jejum, a Grande Benção


O jejum, a Grande Benção
por Leonard Orr

O jejum nos permite ser saudáveis e se sentirmo-nos bem na maioria das vezes. O jejum é uma disciplina de prazer. O jejum dá o corpo físico uma pausa, uma oportunidade para descansar os nossos órgãos, que limpa e equilibra nosso Corpo de Energia, e nos ensina muitas coisas.
Um dia por semana basta e é uma prática incrível. Eu tenho feito isso por mais de pelo menos 40 anos. Meu corpo é muito grato e me ama por isso.
Hoje durante o meu jejum, desta semana, estou percebendo mais uma vez como rápido limpa meu intestino grosso. Quando como demais em meus dias, meu cólon pode se sentir completo e até mesmo bloqueado. Mas no meu dia de jejum, pode limpar-se e sentir-se vazio e livre. O jejum limpa a mente eo corpo mais do que podemos medir. É bom para a nossa saúde física e mental. O jejum permite que o corpo cure a alma. Fora o cólon e outras funções do corpo pode limpar a poluição energia emocional, bem como a poluição alimentar.
Para os homens, talvez, pode ser um substituto para a menstruação nas mulheres. Mas eu tenho notado que as mulheres que jejuam semanal ou regularmente têm um tempo mais fácil com a menstruação e obtém mais benefícios para a sua menstruação. As mulheres que dependem muito da menstruação para o seu processo de purificação espiritual têm uma tendência a morrer após a menopausa. Cada prática de purificação espiritual que fazemos regularmente, torna a vida muito mais fácil e mais agradável. É bom para cooperar com a nossa própria natureza divina e fazer o que é bom para nós.
O jejum em si pode ser prazeroso e até nos dar experiências psicodélicas. Eu muitas vezes tenho experiências incomuns de sentimentos de prazer no meu corpo ou incrível felicidade durante o meu dia de jejum. Às vezes, meu corpo tem momentos surpreendentes de liberdade durante um dia de jejum. Às vezes minha mente vê a vida de uma maneira totalmente diferente e refrescante. Eu sempre me sinto fantástico no final do dia. Há sempre um sentimento de felicidade
Comer é muito mais agradável nos outros 6 dias da semana. Meu senso de gosto funciona melhor. Todos os aspectos da alimentação são melhoresses. Eu posso relaxar e desfrutar de minhas refeições mais plenamente. O propósito de comer é para nos dar energia, mas quando comemos muita comida pode fazer exatamente o oposto. Alimentação pode nos tornar lentos e doentes. O jejum é como uma disciplina de prazer pode tornar toda a nossa vida mais agradável. Se o jejum é um pouco difícil, a grande bênção e recompensas são sempre maiores. Nós podemos geralmente procrastinar por comer mais, mas o jejum é bom demais para negligenciar ou adiar para mais tarde.
O jejum também pode nos ensinar auto-controle que pode ser muito valioso em outras áreas de nossa vida. A capacidade de dizer não a nós mesmos, é fundamental para o bem-estar. Quando dominar isso, podemos usá-lo para dizer não a todos os tipos de pensamentos e experiências negativas.
Sim e não podem ser as palavras mais poderosas em todas as línguas.
As funções básicas da mente são de criar e destruir ou a notar nossa natureza divina. A capacidade de dizer não a nós mesmos, nossa própria mente, é um poder muito grande. Ele pode prevenir todos os tipos de miséria e negatividade.

Esboço Biográfico Bert Hellinger


Esboço Biográfico de Bert Hellinger:

Bert Hellinger nasceu em 1925.

No panorama europeu é provavelmente um dos psicoterapeutas mais desafiantes e um dos autores mais lidos no âmbito da psicoterapia.

Antigo padre e missionário junto dos Zulus na África do Sul, foi educador, psicanalista, terapeuta corporal, terapeuta em dinâmica de grupos, terapeuta familiar – toda uma experiência de vida e sabedoria que se transmitem ao seu trabalho.

As constelações familiares, que se tornaram a marca da sua abordagem, e as suas observações acerca dos emaranhamentos sistémicos e a forma de os solucionar, tocaram a vida de milhares de pessoas e modificaram o modo como muitos profissionais da relação de ajuda conduzem o seu trabalho.

Bert Hellinger escreveu mais de 64 livros, traduzidos em mais de 25 línguas. O seu trabalho está documentado em numerosos CDs e DVDs.

Bert Hellinger afirma que os seus pais e a sua infância foram a principal influência no seu trabalho actual. A particular forma de fé praticada no seio da sua família terá imunizado os seus membros para não acreditarem nas ideias distorcidas do nacional-socialismo. Devido às repetidas ausências de Bert Hellinger às reuniões da “juventude hitleriana” e à sua participação numa organização ilegal de jovens católicos, terá sido classificado pela Gestapo como “suspeito de ser inimigo do povo”. Quis o destino que Bert Hellinger viesse a escapar da Gestapo, ao ter sido mobilizado. Com apenas 17 anos de idade tornou-se soldado, vivenciou as realidades do combate militar, da prisão, da derrota e da vida num campo de prisoneiros de guerra dos aliados, na Bélgica.

A segunda maior influência foi certamente o seu desejo de infância de se tornar padre. Com 20 anos de idade entrou numa ordem religiosa católica e iniciou o longo processo de purificação do corpo, da mente e do espírito, em regime de silêncio, estudo, contemplação e meditação. Foi para a África do Sul, onde permaneceu por 16 anos, como missionário junto do povo Zulu – uma experiência que teve um profundo efeito no seu trabalho ulterior. Neste país foi, em simultâneo, director de uma grande escola, professor e pároco. Com o tempo foi-se sentindo em casa entre os Zulus, tanto quanto a um Europeu isso é possível. O processo de abandono de uma cultura para viver noutra moldou a sua consciência acerca da relatividade de muitos valores culturais.

A participação de Hellinger numa formação inter-racial e ecuménica sobre dinâmica de grupos, conduzida por clérigos anglicanos, constitui-se como uma experiência de extrema influência. Teve a oportunidade de contactar com uma forma de trabalhar com grupos que valorizava o diálogo, a fenomenologia e a experiência humana individual. A sua decisão de deixar a ordem religiosa após 25 anos surgiu da compreensão de que ser padre tinha deixado de ser a expressão mais apropriada ao seu crescimento interior.

A psicanálise e a psicoterapia foram as grandes influências que se seguiram. Várias escolas terapêuticas deixaram uma marca na sua forma de trabalhar, somando-se à orientação fenomenológica/ dialógica da dinâmica de grupos aprendida dos anglicanos, à compreensão da necessidade fundamental dos seres humanos de se alinharem com as forças da natureza, que havia aprendido com os Zulus na África do Sul, à psicanálise que aprendeu em Viena e ao trabalho corporal aprendido na América.

Fez formação em terapia familiar com Ruth McClendon e Leslie Kadis, teve a oportunidade de trabalhar com Milton H. Erickson e outros. Para quem está familiarizado com os diversos tipos de psicoterapia, reconhecerá em todo este processo uma integração singular de diversos elementos. Na junção de abordagens poderosas, da psicoterapia e de outros paradigmas, criou uma abordagem curativa eficaz e única. Aprendeu ferramentas específicas de uma grande variedade de fontes, mas a força dominante no seu trabalho advém da sua apurada competência para escutar a autoridade da nossa própria alma. Segundo Hellinger, esta não é uma “técnica” garantida, mas é a única e verdadeira protecção que temos contra a sedução por uma falsa autoridade. Ver aquilo que é, em oposição a uma aceitação cega daquilo que se diz – não interessa por quem – é o fulcro do trabalho, frequentemente difícil, de curar indivíduos e comunidades, é o fulcro da vida de trabalho de Bert Hellinger.

Olhando a História das Constelações Familiares-Bert Hellinger



Sobre as Constelações Familiares:
Por Sahwenya Passuello.

Retiro e Formação-Natural Medicina e Terapias de Apoio:Renascimento e Constelações.
A Hellinger Sciencia abarca os estudos, pesquisas e vivências empíricas orientadas por Bert Hellinger.

Bert, é de origem Alemã, e retrata no que vem a ser o propósito de sua Jornada, os eventos e aprendizagens vivenciados em sua própria história de Vida.

Ao Pesquisar sobre sua Infância, podemos acompanhar a realidade e o contexto em que cresceu, bem como os fatos marcantes que ocorriam em seu País, enquanto se deu o seu crescimento e desenvolvimento.

Podemos, citar fatos que ao olhar de Sahwenya que sou, são Pontuais:

A história de vida de seus pais, a segunda guerra mundial, onde foi prisioneiro de guerra.

A História de sua Passagem por 15 anos no Sul da África, como Líder Missionário Seminarista de jovens, cujo o fundo histórico era o apartheid.


O apartheid:
O apartheid, termo africâner que quer dizer separação de Vidas, surgiu oficialmente na África do Sul em 1944, e serve para designar a política de segregação racial e de organização territorial aplicada de forma sistemática a aquele país, durou até 1990.


O objetivo do apartheid era separar as raças no terreno jurídico (brancos, asiáticos, mestiços ou coloured, bantus ou negros), estabelecendo uma hierarquia em que a raça branca dominava o resto da população e, no plano geográfico, mediante a criação forçada de territórios reservados: os Bantustanes.


Em 1959, com o ato de autogoverno, o apartheid alcançou o sua plenitude quando sua população negra ficou relegada a pequenos territórios marginais, autônomos e privados da cidadania sul africana.


Até aquele momento, a África do Sul com suas importantes riquezas minerais e sua situação geoestratégica, tinha se alienado do bloco ocidental. Contudo, o sistema racista fez com que, no momento em que se desenvolvia a descolonização, as pressões da comunidade internacional cresciam contra o governo de Pretória.


Em 1960, a África do Sul foi excluída da Commonwealth (Comunidade das Nações). A ONU aplicou sanções. Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, perante a ameaça de boicote geral dos países africanos. Finalmente, em 1977, o regime sul africano foi oficialmente condenado pela comunidade ocidental e submetido a um embargo de armas e material militar. Em 1985, o Conselho de Segurança da ONU convocou seus Estados membros para adotar sanções econômicas.


Em todas estas condenações internacionais até hoje se buscam pela verdade. Durante a Guerra Fria, o regime racista foi visto como um muro de contenção à expansão do comunismo na África. Moscou, pelo contrário, animou a luta contra o apartheid armando Angola e Moçambique, países cujos governos pró soviéticos se enfrentavam em guerrilhas patrocinadas pelo ocidente e apoiadas pela África do Sul.


O fim da Guerra Fria precipitou o fim do apartheid. O presidente Frederik de Klerk ,depois de várias negociações com os representantes das diversas comunidades étnicas do país, pôs fim ao regime racista em junho de 1991. Daí em diante, a população negra recuperou seus direitos civis e políticos.


O processo culminou com a chegada de Nelson Mandela, mítico militante anti-apartheid que tinha passado 27 anos na prisão, à presidência da República da África do Sul.


Arquivado em: África do Sul, História


Considerando que Bert Hellinger, chega na África ainda Jovem, logo após, ter conseguido fugir dos campos de guerra, e decide servir a Deus, trabalhando em prol a paz na humanidade.

Chega na África do Sul em meio a um Movimento inspirado por uma Guerra separatista e encontra seu espaço de trabalho próximo as tribos Zulus.

Em Pouco tempo dá a forma ao Primeiro Seminário a Jovens Cristãos, e como missionário busca conhecer a Comunidade, e incia sua interação com os costumes e cultura local.


Em diferentes palestras, workshop, treinamentos, Bert Hellinger vai compartilhando fragmentos desses tempos, onde fala sobre como os Zulus Viviam e de que forma, esse convívio suscitou em sua Alma .


Seus Ritos Sagrados, seus Jogos de adivinhação que muito se assemelham a estruturação e linguagem das frases de cura, através dos Ossos jogados, e sua relação com a posição e o significado da relação com os Ancestrais e o que necessitam, para seguirem em Paz, e para que todos possam tomar a força, as bençãos desses Ancestrais.


Atento, observou que nas Moradas do Povo Zulu, o chão era coberto por folhas de bananeiras, as quais representam os Ancestrais Mortos, e que de tempos em tempos em seus Ritos sagrados são retirados e levados ao Sol, junto a todas as Moradas dentro da tribo.


Testemunhou a forma com que os conflitos entre os guerreiros da Tribo eram resolvidos, e mais uma vez, aqui encontramos vários elementos das Constelações, tal qual conhecemos em seu princípio.


Quando Bert Hellinger reune em sua pesquisa vários dados, e sente ter concluído sua estadia na África do Sul, com Pouco mais de 30 anos, retorna a Alemanha.


Já formado em Teologia, Pedagogia e Filosofia começa a estudar sobre as Terapias, no livro intitulado "Ordens do Amor" encontramos várias percepções de Bert, onde fala de como compreende cada etapa e vivencia com as diferentes terapias, o que tomou de cada um delas e o que, através de suas limitações, oportunizaram novos, insights em direção ao que conhecemos, atualmente como Constelações Familiares.


Na Visão de Bert, o importante é resignificar, encontrar os recursos, e distanciar para ver sistemicamente, conforme o campo em estudo, maior o distanciamento.


Ao unir suas sapiências, mesmo ainda sem ter consciência inteiramente, estava dando vida a algo genuíno, que nascia de sua História de Vida, seus conhecimentos, e sabedorias.


Bert Hellinger, uniu o olhar do Oriente com o olhar do ocidente,dando Origem a Ciência do Amor.

Segundo seu olhar, confere o nome do Olhar que requer a posição de um Constelador, de Olhar Fenomenológico.

E o que vem a ser esse olhar Fenomenológico?

Exatamente a capacidade de testemunhar, que os yoguis, Xamãs e Mestres de si Mesmos, citam nas antigas escrituras.

Ser tomado por um força, interna ao centro e permitir que ela atue.


Foi dessa Forma que cada sinal corporal, facial, de movimento, sinalizou como os campos das memórias se moviam e podiam ser resinificados segundo a sabedoria dessa força.


Aos primeiros movimentos, denominou de Movimentos da Alma, aos Campos em movimento, quando se referia a essa força atuando deu o nome de Amor do Espírito.


Conforme acompanhou esses Movimentos se darem em distintos campos de memórias, testemunhou o efeito.


Esse efeito, fala do campo de atuação desde as gerações passadas as gerações futuras, fala das memórias da humanidade, do planeta e do Cosmos.


Conforme é o campo de atuação, é o nome dado a nova visão sobre as Constelações Familiares, originando as distintas denominações, a cada nova etapa da Pesquisa Fenomenológica e Sistêmica de Bert Hellinger.


Entre elas, Constelações Familiares:Segundo o Movimento da Alma, Segundo o movimento do espírito, Medial, Power Cosmic.


Importante, recordar que quando Bert Hellinger inicia seus estudos em Psicologia, muitos pesquisadores, Psicólogos já vinham trabalhando e realizando avanços na cura da Psique através das sabedorias das Terapias transgeracionais.

E foi graças a essas vivencias, estudos e o autoconhecer-se que o que conhecemos hoje, em Constelações foi possível.

Profunda a gratidão, as histórias em esculturas, ao Psicodrama, e a toda a dedicação dos que vieram antes, para que Bert, trouxesse a luz, a simplicidade, onde habita o essencial.


Bert Hellinger em sua Vida Pessoal, viveu dois casamentos.Em Seu segundo casamento, relaciona-se com Sophi, um ser que consigo trás a força do reconhecimento e valorização ao caminhar de Bert Hellinger, e as forças do feminino e masculino somadas, multiplicam em várias direções, as novas percepções, ampliando o Campos de Constelações de 100 Pessoas para, 500 Pessoas, chegando a 1.500 Pessoas, reunidadas para vivenciarem um encontro com as Constelações.
E desta forma, após 23 anos de dedicação e estudos, Bert Hellinger é indicado ao Premio Nobel da Paz, durante este período citado, Reconhece e autoriza a Chancela ao Grupo Universitário CUDEC no México, Inspirada pela Hellinger Sciencia.
Cursos Bacharelados, Pós Graduação em Psicologia e Pedagogia, segundo a Visão de Bert.
As Constelações passam a ser conhecidas e utilizadas, também por médicos, juristas, advogados, além dos psicólogos, pedagogos e empreendedores.
Como um Recurso Poderoso, de ação rápida e pontual, a fim de levar luz ao ponto que necessita de cura, cuja a origem está na arte das relações, de seus antepassados, expressas e manifestas em sua própria história de Vida.
Atualmente na Alemanha, existe uma Escola Hellingeriana, reconhecida pelo Sistema Educacional que oferta a formação em diversos locais do mundo, através de seus profissionais.
Bert e Sophi Helliger estiveram no Brasil,em 2015, em São Paulo, orientando um treinamento, o qual poderá ser somado a carga horária oficial para uma Formação em Constelações segundo a Hellinger Sciencia, que são 420/460 horas.
Para que você possa aprender mais sobre as Leis e Ordens do Amor e da Ajuda, existem muitos títulos escritos por Bert, que elucidam seu olhar filosófico aplicado, somado ao Terapeuta, Bert Hellinger.
Como é possível para o profissional cuja a abordagem é transpessoal, quando utilizar as Constelações Familiares?
A orientação que compartilho,sobre a estabilidade daquele que necessita de ajuda.Considerando que esta ajuda some em direção a vida, que oferte amadurecimento, mantendo a estabilidade daquele que receberá a revelação de sua questão.
Alerto, para que sejam humildes e se disponibilizem a ajuda dentro de seu próprio ritmo e tempo de evolução interna.Quando um tema, ou questão possa mover com a própria estabilidade, o mais acertado é ser humilde reconhecer a própria limitação naquele ínterim e encaminhar a outro profissional, evidenciando na comunicação com integridade, o que se passa, junto aquele que busca ajuda.
Em uma Jornada da Alma, onde a Roda da Vida, se dá, é preciso compreender que existem momento em que é necessário um recurso para entrar em contato com as emoções, em outro um recurso que o ajude a resignificar essas emoções, aprendendo a canalizar essa energia e liberá-la.Para aquele que inicia assim é, esse caminho.
Acompanho caminheiros de muitos anos, que quando tocam em uma memória pela primeira vez, precisam muitas vezes de um conjunto de outras ferramentas, até que chegue o momento de amadurecimento, onde possa olhar com certa distancia a questão que o desafia, mantendo contato, interagindo e mantendo a consciência presente.
Uma Constelação é algo único, não se repete e pede por uma postura de respeito, que permita colocar a questão.
Serve a Alma Familiar, a luz a ser guiada está na orientação da força que atua, no sistema Familiar.
Então, oriento uma constelação como recurso poderoso, sempre que houver respeito a Família, quando for contribuir para a estabilidade amadurecimento e evolução do Ser que requer ajuda, servindo o maior número de pessoas da Alma Familiar, liberando a vida, o amor em direção ao mais.
Compartilho a orientação em Constelações, sempre que seja respeitado o simples, o essencial, onde o menos muitas vezes é mais.
Abaixo, alguns títulos, os quais possam aprofundar nas Sabedorias deBert Hellinger.
Abraços Fraternos
Sahwenya Passuello
Um tanto de meu caminhar.
Ouvir o coração abençoada pela força Ancestral no caminho da Mestria, a serviço da vida.
Com o propósito de Florescer a Consciência de amor a Vida.Multiplicando as sabedorias, dos elementos, dos Reinos da terra e suas propriedades curativas, a floração da alma de Sahwenya que sou, se expressa, através da Natural Medicina Alma da Terra.
Em cada Recurso, Lugar de Poder, Reinos , forças e elementos, desabrocha naturalmente um Flor é Ser, Renascer ou Constelar.
Somando as sabedorias da Educação e outras formações transpessoais, a Natural Medicina ganha um lugar físico, chamado:

Morada dos Avós Alma da Terra, local para ouvir a voz do coração.
Em atendimentos Individuais, em Círculos do Amor, em Retiros e Formações.
Testemunhei que para cada etapa e fase da cura de um ser humano, esse se dá em Ciclos.
Os quais denominei de Ciclos de Cura:Flor é Ser.
Este Ciclo pode se dar em orientação Individual ou em grupo, e pode ser aprendido para ser compartilhado consigo mesmo e com outros seres queridos.
O Ciclo de Cura, segue o fluxo da Cura das Relações de Bases:
-Criança Interior.

-Relação Materna.

-Relação Paterna.

-Relação Familiar.


Partindo do Sistema Familiar em direção ao ponto essencial que pede cura, o autoconhecer-se se dá, bem como a aprendizagem se dá, quando se trata de uma Formação.


Para a Formação em Natural Medicina, Renascimento e Constelações:


Retiro e Formação em Imersão-Natural Medicina & Terapias de Apoio:Renascimento e Constelações Familiares, o qual se dá em imersão, em um intensivo de 7 dias.

Para conhecer e aprender a compartilhar a Natural Medicina, Constelações e Renascimento, ou simplesmente autoconhecer-se:


Retiro: Floresce a Alquimia Alma da Terra.

Uma gotinha do Retiro e Formação-Finais de Semana.

Destinada a grupos que queiram:

Renascer, Florescer ou Constelar.


Fundadora de um Centro Educação Integral Mundo da Magia.

Habilitada em Educação, Pedagogia Sistêmica,Familiar e Organizacional.

Habilitada pela Hellinger Sciencia, por Bert Hellinger.

Habilitada por Leonard Orr em Treinamento em práticas de purificação, sabedorias do oriente e Renascimento.

Idealizadora de Viagens Espirituais associadas aos Ciclos de Cura: Flor e Ser e a Sabedoria Espiritual do Local, a ser experienciado.


Jornada a Pachamama-Machu Picchu.

Jornada Celta-Inglaterra, Irlanda, Escócia-Comunidade de Findhorn.

Jornada dos Homens e Mulheres Santos.

Jornada Floresce a Alquimia Alma da Terra &Accordare.


Autora do Livro|:Manual da Vida:A Jornada da Alma.


Sejam Bem vindos, sintam-se abraçados pelos longos braços de amor infinito desde a Alma da Terra até a Fonte.Em amor e doçura. Sahwenya Passuello

Eu Enquanto Velha



Eu Enquanto Velha

Eu Velha que Serei (e sou) quero aprender com o que cura... procuro meus remédios no perfume das flores, no aroma das ervas, no balsamo da manhã

Não acredito em frases pessimistas e momentos de raivosos. Acredito no amor que ainda vibra no oração

Muitas vezes não confio no ser humano, mas confio numa Fé que me guia.
Mesmo que Nova, me sinto velha, nos meus gostos, nas minhas vontades.
Quero a calma, a calmaria, a paz , a tranquilidade
O Silêncio é o meu repouso, e nesses poucos anos ainda a vida me ensinou que não devo temer pelo que há de vir, apenas Confiar, confiar e confiar
Acredito no raiar de um novo dia, e nas manhãs de sol
As chuvas são passageiras e lavam a alma.. Sim, acredite nisso !
Gosto de Histórias, gosto de Gente Velha... Gente que tenha conteúdo e não futilidades
Muitas vezes me sinto um peixe fora d'água... Mas sabe o que aprendi?
A nadar nas minhas próprias águas. Seja eu a ovelha negra ou o que for.
Eu sou feliz porque descobri que Eu Sou o melhor de mim da forma que Eu Sou.
Quero aprender à cada dia, apreciar os sons dos pássaros e a sutilezas que nos são ofertadas nos lindos jardins da Grande Mãe
Quero aprender com o que é de verdade, e viver sempre como o meu coração pede e acredita !
Sou assim Velha enquanto Jovem, Jovem enquanto Velha, já disse Clarissa Pinkola.
Carol Shanti.